Do mês de fevereiro até o início do mês de novembro foram diagnosticados com histórico clínico e laboratorial em nossa região, Mariana Pimentel, Barão do Triunfo, Barra do Ribeiro, Tapes, Guaíba e Eldorado do sul.
Bovinos 25 casos positivos e 35 suspeitas clínicas. Equinos 4 casos sendo coletados para análise apenas de um animal. Ovinos 22 animais e mais de 40 suspeitas clínicas. Aves 10 casos positivos e 150 suspeitas clínicas.
Da família das clostridioses, doença causada pela ingestão do bacilo Clostridium botulinum, esta bactéria afeta todas os espécies, sendo desde ruminantes, aves e monogástricos, incluindo o homem (zoonose). Também muito confundido com o vírus da Raiva onde se salienta sempre o diagnóstico laboratorial diferencial.
Em nossa região é mais comumente diagnosticado em Ruminantes e aves. Sendo de alta relevância, em períodos de baixa precipitação pluviométrica.
Formas de contaminação ocorrem por ingestão de esporos encontrados no ambiente.
- Animais mortos expostos ao ambiente são a principal fonte de contaminação, sendo o couro e os ossos porosos, fornecendo condições para o desenvolvimento do clostridium.
- Deficiência mineral, como fósforo e cálcio, levando os animais a roer ossos de animais mortos;
- Água parada, com muita matéria orgânica principalmente em épocas de seca;
- Alimentos contaminados como silagens, rações, cama de frango e volumosos.
Sinais clínicos em bovinos, ovinos e equinos.
- Curso clinico pode levar de 1 a 17 dias para ocorrer após a ingestão dos esporos;
- Podendo ser aguda (de 1 a 2 dias), hiperaguda (menos de 24 horas), ou crônica levando até 17 dias. Liberando a toxina botulina no sistema nervoso central.
- Paralisia Flácida parcial ou completa dos músculos locomotores;
- Andar cambaleante;
- Flacidez de pescoço e cabeça;
- Deitado em decúbito esternal;
- Flacidez de língua e mandíbula;
- Bradicardia;
- Respiração dispneica.
Sinais clínicos em Aves
é observado na maioria das espécies avícolas, exceto os urubus, os quais são resistentes.
- Pescoço flácido incapaz de sustentar a cabeça, a qual apoia-se no piso;
- Desprendimento das penas;
- Paralisia flácida das asas;
- Abatimento;
- Morte.
Sinais clínicos no homem
As manifestações gastrointestinais mais comuns são: náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, que podem anteceder ou coincidir com os sintomas neurológicos. Os principais sintomas neurológicos são: visão turva, queda da pálpebra, visão dupla, dificuldade de engolir e boca seca, e parada cardiorrespiratória. Normalmente por ingestão de alimentos contaminados.
Controle e Profilaxia em animais.
Não há tratamento específico, e sim de suporte, fornecendo água, alimentação, mudança de sua posição e laxativos por via oral (sulfato de magnésio).
Suplementação do rebanho com fósforo e cálcio.
Eliminação das carcaças e de ossos do campo (incineradas).
Drenagem de poças e açudes com água parada e sujas.
Vacinação do rebanho, onde a primeira dose a partir dos 3 a 4 meses de idade e repetido dentro de 30 dias. E posteriormente 1 vez ao ano podendo ser repetido de 6 em 6 meses em áreas de alta ocorrência.
Em casos de suspeita, consulte o Médico Veterinário de sua Confiança e em suspeita em humanos encaminhar para o posto de saúde mais próximo.
Secretaria de Agricultura de Mariana Pimentel – RS
Secretaria da Saúde de Mariana Pimentel - RS
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Vigilância Sanitária
EMATER/ASCAR