Nos períodos frios do ano, as verminoses estão na sua forma de vida adulta parasitária, e grande parte presentes nos animais, em um estado manifestado como hipobiose (diminuição da atividade larval). Nessa condição, os nematódeos interrompem o seu ciclo biológico, mantendo o metabolismo muito baixo até a instalação de condições mais favoráveis para seu desenvolvimento. Porém, com a diminuição da quantidade e qualidade das pastagens, os problemas de verminoses tendem a se agravar.
Embora o inverno não seja favorável para o ciclo de vida livre dos vermes, os bovinos, equinos, caprinos, caninos, felinos e aves, sentem mais os efeitos das verminoses, pois geralmente estão com a resistência orgânica diminuída em função do baixo valor nutricional das pastagens.
Por este motivo há uma maior concentração verminótica no organismo dos hospedeiros, fazendo-se necessário desverminação preventiva, dias antes da entrada dos meses mais frios do ano, e posteriormente estratégias para aumentar a imunidade, seja alimentar ou com vitaminas, orais ou injetáveis.
A recomendação é que os animais tanto de companhia quantos os para fins comerciais sejam desverminados, ainda um mês antes da entrada do inverno ou no mais tardar na primeira quinzena do mês de julho. Preconizando vermífugos de amplo espectro.
Lembrando que para animais de companhia, felinos e caninos, recomenda-se o procedimento de desverminação a cada 3 meses, com repetição de segunda dose aos 15 dias.
Animais de produção como bovinos, equinos, ovinos, suínos, caprinos, recomenda-se estarem em jejum alimentar de no máximo 6 horas antes da desverminação e 6 horas após. Trocando-os para um piquete que esteja livre de lotação animal por no mínimo 21 dias.
Sinais Clínicos
Em geral, perdem o apetite, emagrecem progressivamente, mostram-se apáticos, os pelos apresentam-se eriçados ou com alopecia, em alguns casos distúrbios respiratórios, cardíacos e gastrointestinais.
Secretária de agricultura de Mariana Pimentel
Setor Veterinário,
Inspetoria Veterinária,
EMATER ASCAR- RS.